segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mensagem da Gospa à Marija Pavlovic-Lunetti em 25 de julho de 2009.


"Queridos Filhos!


Que este tempo seja para vós um tempo de oração.

Obrigado por tendes respondido ao meu chamado!"

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Os Leigos e as Ordens Terceiras (Seculares)


“Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do Dom de Cristo... é por ele que todo o corpo é coordenado e unido por conexões, que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme à atividade que lhe é própria” (Efésios 4, 7-16).

Quando alguém se consagra a Deus, está na verdade declarando-se servo(a) do Senhor e servo é aquele que se coloca à inteira disposição de seu Senhor em todas as circunstâncias; a consagração, portanto, é um convite de Deus que provoca um gesto humano. O despreendimento e a gratuidade são duas exigências do Evangelho para quem se consagra.
Maria é o modelo perfeito da vida consagrada, da vida cristã: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se...”.
Para o renomado canonista, Dom Roberto Paes, bispo auxiliar de Niterói, o leigo consagrado e o consagrado secular não se separam do mundo, isto é comum para os dois, mas enquanto um pertence ao estado da vida consagrada, o outro não.
Conclui que o leigo consagrado, a partir do estado laical visa um compromisso para ser melhor leigo, mas o ser é laical. Já o consagrado secular faz uma profissão que torna diferente seu estado de vida na Igreja. Sua consagração é vivida no mundo, mas o substancial é que é um consagrado.


As Ordens Terceiras

As Ordens Terceiras são associações de leigos católicos (podendo também, fazer parte sacerdotes diocesanos), vinculados às tradicionais ordens religiosas que despontaram na Idade Média, tais como Franciscanos, Carmelitas, Dominicanos, etc... e que desejavam viver o Evangelho em plenitude.
O primeiro fundador a pensar em uma regra de vida para leigos, ou seja, uma terceira ordem, foi Francisco de Assis, em 1221, e o primeiro casal a receber a regra e professá-la foi São Luchésio e Buonadona.
Leigos casados, solteiros viúvos, reis, rainhas, gente do povo, de todas as classes e idades, que sentiam, em seus corações, um desejo imenso de consagrar a Deus suas vidas, permancendo no mundo e junto dos seus.
A Ordem Franciscana Secular, a partir do ano de 1978, recebeu das mãos do saudoso Papa Paulo VI, a nova regra, em vigor até os dias de hoje.
Os franciscanos seculares vivem no mundo os desafios cotidianos, tendo por alicerces “a Palavra de Deus” e os escritos do Seráfico Francisco de Assis. Ainda hoje ecoam em nossos ouvidos e corações a exortação do Papa João Paulo II, quando do Capítulo Geral de 2002, disse: “Vós, Franciscanos Seculares, viveis por vocação a pertença à Igreja e à sociedade, como realidades inseparáveis. Por isso, é-vos pedido, antes de mais nada, o testemunho pessoal no ambiente onde viveis”.
No mundo e na história tivemos como franciscanos seculares: Luis da França, Santa Isabel da Hungria, Princesa Isabel, Papa Leão XIII, Papa Pio X, Papa Bento XV, Dom Hélder Câmara, Chiara Lubich, Presidente Tancredo Neves, etc.

Seguimos Jesus nos passos de São Francisco de Assis!


Paz e Bem!
Márcio Antônio Reiser O.F.S.

domingo, 19 de julho de 2009

SÃO SIMÃO STOCK


Simão nasceu em 1165, no castelo de Harford, condado de Kent, na Inglaterra, do qual seu pai era governador. Os pais do Santo uniam a virtude à mais alta nobreza. Alguns escritores julgam mesmo que tinham eles parentesco com a família real inglesa. Sua mãe consagrou-o, antes de nascer, à Santíssima Virgem. Em reconhecimento a Ela pelo feliz parto, e para pedir sua especial proteção em relação ao filhinho, a jovem mãe, antes de o amamentar, oferecia-o à Mãe de Deus, rezando de joelhos uma Ave-Maria. Se, por distração, esquecia-se disso, encontrava uma resistência da parte do pequenino Simão, que recusava alimentar-se até que ela rezasse essa oração. Quando o bebê, devido a algum mal-estar próprio à idade, começava a chorar, bastava que a mãe lhe mostrasse uma estampa da Virgem para que ele se acalmasse. O menino aprendeu a ler com pouquíssima idade. A exemplo de seus pais, começou a rezar o Pequeno Ofício da Santíssima Virgem, e logo também o Saltério em latim. Embora não conhecesse ainda a língua latina, encontrava tanto prazer nisso, que ficava extasiado. Essa precoce criança iniciou aos sete anos o estudo das Belas Artes no colégio de Oxford, com tanto sucesso que surpreendeu os professores. Isso fez com que fosse admitido à Mesa Eucarística, num tempo em que o costume era receber a Sagrada Hóstia muito mais tarde. Foi então que consagrou sua virgindade à Santíssima Virgem.


Eremita aos 12 anos de idade


Perseguido pela inveja do irmão mais velho, e atendendo a uma voz interior que lhe inspirava o desejo de abandonar o mundo, deixou o lar paterno na idade de 12 anos, encontrando refúgio numa floresta isolada. Preferiu seguir o chamado de Deus a permanecer no aconchego do lar. Um enorme carvalho, cujo tronco apodrecido formara uma cavidade suficiente para nela colocar uma cruz, uma imagem de Nossa Senhora e recostar-se, serviu-lhe de oratório e habitação. Empregava o tempo na contemplação das coisas divinas, oração e austeridades. Bebia água de uma fonte nas proximidades e alimentava-se de ervas, raízes e frutos silvestres. De vez em quando, porém, um misterioso cão levava-lhe um pedaço de pão. Evidentemente, como outrora aos solitários do deserto, o demônio não o deixava em paz. “Simão é entregue pelo inimigo da salvação a penas de espírito, a violentos escrúpulos, a cruéis remorsos sobre os perigos dessa via extraordinária que ele percorre, privado como estava da graça dos sacramentos, desprovido de todos os meios que a Igreja concede sem cessar aos fiéis, todos os dias exposto a morrer nessa terrível solidão, sem socorro nem consolações. O exemplo de tantos solitários que Deus conduziu na mesma via reanimava sua confiança; a lembrança das graças com as quais o Céu o tinha favorecido, para o confirmar em sua resolução, o reassegurava”. E sobretudo a proteção de Nossa Senhora, a quem ele foi consagrado desde o ventre materno, vinha trazer-lhe a paz. Por outro lado, também os anjos vinham fazer-lhe companhia e o entretinham na solidão em que vivia. Assim viveu cerca de 20 anos.


Ordem para que se juntasse aos carmelitas


Nossa Senhora revelou-lhe então seu desejo de que ele se juntasse a certos monges que viriam à Inglaterra, provenientes do Monte Carmelo, na Palestina, “sobretudo porque aqueles religiosos estavam consagrados de um modo especial à Mãe de Deus”. Apesar do grande atrativo que tinha pela solidão, Simão voltou para a casa de seus pais e retomou o curso de seus estudos. Formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges preditos, o Pe. Simão Stock dedicou-se à pregação. Como Vigário Geral da Ordem, enfrenta perseguição. Finalmente chegaram dois frades carmelitas no ano de 1213, e ele pôde receber o hábito da Ordem em Aylesford. Em 1215, tendo chegado aos ouvidos de São Brocardo, segundo Geral latino do Carmo, a fama das virtudes de Simão, quis tê-lo como coadjutor na direção da Ordem; em 1226, nomeou-o Vigário-Geral de todas as províncias européias.
São Simão teve que fazer frente, nessa ocasião, a uma verdadeira tormenta contra os carmelitas, na Europa, suscitada pelo demônio através de homens ditos zelosos pelas leis da Igreja. Estes queriam, a todo custo, suprimir a Ordem, sob pretexto de ser ela nova, instituída sem aprovação da Igreja, contrariamente ao que dispunha o IV Concílio de Latrão. Simão enviou delegados ao Papa Honório III, para informá-lo da perseguição de que estavam sendo vítimas os carmelitas e pedir sua proteção. O Soberano Pontífice delegou dois comissários para examinarem a questão. Estes, ganhos pelos adversários, opinaram pela supressão dos carmelitas. Mas a Santíssima Virgem apareceu a Honório III, ordenando-lhe que aprovasse as Regras do Carmo, confirmasse a Ordem e a protegesse contra seus adversários. O Sumo Pontífice o fez mediante uma bula, na qual declarou legítima e conforme aos decretos de Latrão a existência legal da Ordem dos Carmelitas, e autorizou-a a continuar suas fundações na Europa.

Eremita no Oriente e Prior Geral


São Simão participou do Capítulo Geral da Ordem na Terra Santa, em 1237. Nesse Capítulo, tratava-se de decidir, devido às contínuas perseguições movidas pelos mouros, se era o caso de manterem ainda os conventos da Terra Santa. Uma ala pretendia permanecer, mesmo sob o risco de se enfrentar o martírio. Outros, alegando a frase de Nosso Senhor — “quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra” — eram partidários da trasladação total para a Europa. São Simão Stock era desta segunda opinião, alegando, ademais, que não se podia tentar a Deus nessa situação. Mas ele mesmo não pôde voltar imediatamente para a Europa, porque os sarracenos dominavam os mares. Com isso, prazerosamente isolou-se numa gruta do Monte Carmelo, onde passou mais seis anos de inteira solidão, até que, sabendo que alguns cruzados ingleses preparavam-se para voltar à sua terra, julgou seu dever partir com eles. Num novo Capítulo, em 1245, foi eleito 6° Prior Geral da Ordem carmelita. Se a bula papal aplacara momentaneamente o furor dos inimigos do Carmelo, não o fizera cessar de todo. Depois de um período de calmaria, as perseguições recomeçaram com mais intensidade.


Nossa Senhora concede-lhe o Escapulário da Ordem


Abandonado de auxílio humano, São Simão recorria à Virgem, com toda a amargura de seu coração, pedindo-Lhe que fosse propícia à sua Ordem, tão provada, e que desse um sinal de sua aliança com ela. Na manhã do dia 16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a bela oração por ele composta, Flos Carmeli. Segundo ele próprio relatou ao Pe. Pedro Swayngton, seu secretário e confessor, de repente “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me: "Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno’”. “Disse-me Ela [...] que bastava enviar uma delegação ao Papa Inocêncio, Vigário de seu Filho, que ele não deixaria de me mandar remédio para nossos males”.


A expansão da Ordem do Carmo


Essa graça especialíssima foi imediatamente difundida pelos lugares onde os carmelitas estavam estabelecidos, e autenticada por muitos milagres que, ocorrendo por toda parte, fizeram calar os adversários dos Irmãos da Santíssima Virgem do Monte Carmelo.“A Ordem do Carmo multiplicou-se tão prodigiosamente, sob a direção do nosso Santo, que poucos anos depois de sua morte, cerca do fim do século XIII, segundo a observação de Guilherme, Arcebispo de Tiro, essa Ordem contava já com mais de 500 mosteiros ou eremitérios, povoados por um grande número de religiosos, que o mesmo autor eleva ao número de 120 mil”.Como Geral, São Simão procurou propagar de todas as formas a Ordem pela Europa, preferindo fundar casas em cidades onde havia universidades. Foi o que realizou em Cambridge (1249), Oxford (1253), Paris (1254) e Bolonha (1260). São Simão atingiu extrema velhice e altíssima santidade, operando inúmeros milagres, tendo também obtido o dom das línguas. Apesar da idade, viajou pela Europa erigindo inúmeros mosteiros, e atribui-se-lhe também a fundação das Confrarias do Santo Escapulário. Enfim, já centenário, chegando a Bordeaux, na França, quando se dirigia a Tolouse para o Capítulo Geral da Ordem, entregou sua alma a Deus, a 16 de maio de 1265. De sua tumba saíram raios de luz durante 15 dias depois de sepultado, o que levou os religiosos a comunicarem o portento ao Bispo. Este chegou ao túmulo, acompanhado do clero e de muito povo. Tendo constatado o fenômeno, mandou que se abrisse o sepulcro, aparecendo o corpo do santo emitindo raios de luz e exalando delicada fragrância. Por volta do ano 1276, o culto a Simão Stock foi confirmado para o convento de Bordeaux, pela autoridade da Santa Sé, e mais tarde para os de toda a Ordem carmelitana.


sábado, 18 de julho de 2009

São Luchesio e Buonadona, Padroeiros dos Bem-Casados (28 de abril)

“Vende Tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me”.
É bem verdade o que diz: “Que a graça aperfeiçoa a natureza”. Vejamos no caso do nosso Serafico pai São Francisco de Assis. “Certo dia, estando na loja de seu pai, entretido na venda de tecidos, veio um pobre pedir esmola pelo amor de Deus”. Absorto como estava, ainda na ganacia das riquezas negou lhe a esmola mas logo tocado pela graça divina, reprendeu-se por tanta dureza dizendo: "Se aquele pobre tivesse pedido algo em nome de algum conde ou barão , com certeza terias atendido, quanto mais não deverias ter feito pelo Rei dos reis e Senhor de todos!". Daquele dia em diante, propos em seu coração nunca mais negar o que pedissem em nome de tão grande Senhor. Francisco descobre logo em seguida, o verdadeiro sentido do Evangelho, e decide em seu coração vive-lo radicalmente. Casa-se, como dizia, com a Dama Pobreza, e pelas ruas da cidade sai andando como um mendigo de Deus, e de porta em porta, implora o pão de cada dia. Franciso veste-se com rudes panos e descalço caminha sobre montes, vales e colinas, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo, e promovendo a paz. Francisco é para todos a personificação da paz e da caridade. Tempos depois, com seu exemplo, arrasta os primeiros discípulos: Bernardo e Silvestre, e com eles, e para conhecer a vontade de Deus, abre o Santo Evangelho e por três vezes depara-se com o mesmo versículo: “Se queres ser perfeito, vai e vende tudo o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu”. Daí em diante, muitos o seguiram, e em pouco tempo eram milhares que assim como ele anunciavam o Evangelho em todos os lugares, e principalmente sendo tudo para todos. Para os indiferentes levavam a palavra, para os enfermos eram o remédio, com pobres e desvalidos eram como iguais. Francisco com seu carisma, despertou no coração de Clara um desejo de seguir Jesus Cristo. Seguir Jesus nos passos de Francisco. Clara deixa tudo, e vai viver o Evangelho, , e em companhia de mais algumas jovens, fundam a Ordem Das Damas Pobres, conforme a regra de Francisco.
Os Fransicanos Seculares
O exemplo dos franciscanos contagiou a sociedade da época, e também alguns casais foram ao encontro de Francisco pois desejavam viver da mesma forma que os irmãos, ou frades menores. Francisco ouviu a solicitação, pediu um tempo, colocou a questão em oração e conforme o Senhor instruiu, assim respondeu aos casais:
-Vocês optaram pela vida matrimonial e é lá que vocês encontrarão a santificação!
-A santificação do casal, está na vivência do Evangelho no lar, no trabalho honesto de cada dia, e na educaçãodos filhos, segundo a vontade de Deus.
O casal Luquésio e Buonadona, insiste e o pai Francisco os acolhe como Irmãos da Penitência, vivendo no lar, no matrimônio, no trabalho, e com os filhos, o Carisma Franciscano, porém, com uma regra específica. Era o ano 1221, Luquésio era um bem-sucedido comerciante da Toscana conhecido por muitos como homem ganancioso. Sua esposa Dona Bona, era uma mulher simples, piedosa e dedicada, ocupava-se em ajudar o marido no comércio e nos trabalhos domésticos. Mulher forte na oração e na caridade. Seu Luchesio ao conhecer o pobrezinho de Assis, Francisco, e dele ouvir exortações, sente-se tocado pela graça e muda radicalmente de vida. Ele com sua esposa, decidem vender o comércio compraram algumas terras para servir de sustento para a familia, e o que restou distribuíram aos pobres. Como primeiros irmãos da Terceira Ordem, os penitentes Luchesio Dona Bona, dedicam-se aos apostalado nas familias e entre os casais. São generosos com todos e para com todos testemunham o amor de Cristo. Luchesio morreu por volta de 1260 bastante idoso e Dona Bona alguns anos depois. O nosso casal Franciscano é invocado como o padroeiro dos bem-casados, e quando algum casal está com dificuldades no relacionamento. Em alguns lugares as imagens do Santo Casal é apresentada com um prato nas mãos e sobre ele está o queijo do céu. Esse queijo, conforme uma antiga tradição, foi preparado pelos anjos e só pode ser cortado e servido pelos esposos fiéis. No capitulo II da regra e vida dos franciscanos seculares, quanto a forma de vida lemos: IV- A regra e a vida dos franciscanos seculares é está: observar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo segundo o exemplo de São Francisco de Assis, que fez do Cristo inspirado e o centro da sua vida com Deus e com os homens. A ordem Franciscana Secular é constituida por fraternidades abertas a todos os Cristãos Seculares. Nelas há lugar pra jovens, homens, mulheres, casados, viúvos e celibatários no mundo de clérigos e leigos de todas as profissões, enfim, para todos os que se dispõem a viver o Evangelho no mundo.
Entre os franciscanos seculares no mundo, destacam-se:
Santa Isabel da Hungria e o Rei Luis IX, Rei da França. Dante Alighieri, Thomas More, Pio IX, Pio X, João XIII, Leão XIII, Chiara Lubich, Dom Helder Câmara, Princesa Isabel, Presidente Tancredo Neves, Senador Pedro Simon entre milhares.
Estamos em Balneário Camboriú, Paróquia Santa Inês. Somos Franciscanos Seculares, Fraternidade de São Luchesio e Buonadona.
Paz e Bem!
Márcio Antônio Reiser O.F.S.

Nossa Senhora dos Anjos - Perdão de Assis ou Indulgência da Porciúncula.


A majestosa Basílica de Santa Maria dos Anjos abriga no seu interior a pequena Capela da Porciúncula, local onde Francisco confirmou a sua vocação, numa noite do ano 1216. O nome de Santa Maria dos Anjos provém da tradição de que, naquela pequena Capela, que foi construída por quatro peregrinos que retornavam da Terra Santa, era venerado um fragmento do túmulo da Virgem Maria, e que sempre se ouvia no local o canto dos anjos. Foi também nesta pequena Capela, que recebeu o nome de Porciúncula, isto é, pequena porção, que São Francisco recebeu a indulgência do “Perdão de Assis”. Estava certa noite em sua cela, rezando pela conversão dos pecadores, quando um anjo convidou a dirigir-se à Capela da Porciúncula. Lá chegando, encontrou-a toda iluminada e no meio de um coro de anjos estava a Virgem Maria ao lado de seu Divino Jesus. Jesus, dirigindo-se a Francisco, disse-lhe: “Em recompensa ao teu zelo pela conversão dos pecadores, pede-me o que quiseres”. O Seráfico Pai Francisco, pediu-lhe então a indulgência Plenária para todos aqueles que, tendo confessado e comungado, visitassem aquela pequena igrejinha, São Francisco, meio que assustado com seu atrevimento, suplicou à Virgem Maria que intercedesse em seu favor. Jesus, não resistindo ao apelo de sua mãe, concordou com o pedido, desde que fosse ratificado pelo Papa. Francisco com a face no chão; Adorou o seu Senhor. No dia seguinte, Francisco foi ao encontro do Santo Padre; este, porém, lhe concedeu a graça apenas um dia no ano, ou seja a cada 02 de Agosto. Nesta data, denominada “Perdão de Assis”, é enorme a afluência de fiéis à Basílica da Porciúncula, e a Igreja celebra a Festa de Nossa Senhora dos Anjos. Esta festa é uma das mais importantes, ainda hoje, da família franciscana, pois foi estendida, mais tarde, pelo Papa Sisto IV, a todas as igrejas. Então, somos todos beneficiados pelo “Perdão de Assis” ou “Dia do Perdão”, para tanto, devemos fazer uma boa confissão, participar da Eucaristia, e, entrando em uma igreja franciscana, rezar pelo Santo Padre, o Papa. Louvemos ao Senhor que fez nascer o pai São Francisco, que revolucionou, com sua ordem, a Igreja, sem precisar abandoná-la ou fundar outra. No mês das vocações, vamos lembrar o despojamento, a coragem, a simplicidade, o amor e a pobreza do Santo de Assis.


Oração à Santa Maria dos Anjos:


“Augusta Rinha dos céus e soberana Senhora dos Anjos, que recebeste de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás, nós Vos pedimos humildemente: Enviai as legiões celestes para que, sob Vossas ordens persigam os demônios; combatam-os em toda a parte, reprimam a sua audácia e os precipitem no abismo.
Quem é com Deus? Santos, anjos e arcanjos, protegei-nos, defendei-nos! Ó boa e terna Mãe, Vós sereis sempre o nosso amor e a nossa esperança! Ó divina mãe, enviai os vossos anjos, para que nos defendam e afastem de nós o cruel inimigo!Assim seja!”
(Papa Leão XIII).


Paz e Bem!

Márcio Antonio Reiser, OFS.

Nossa Senhora do Carmo – A Virgem do Escapulário (16 de julho).


“A força mais genuína da devoção à Virgem Santíssima, expressa pelo humilde sinal do escapulário, é a consagração ao Seu Coração Imaculado” (João Paulo II).

A Ordem do Monte Carmelo, no início do século XIII, um grupo de eremitas vindos da Europa, se reuniu no Monte Carmelo, na Terra Santa, para viverem a plenitude dos ensinamentos deixados por Cristo. Pediram a Santo Alberto, patriarca latino em Jerusalém, que estabelecesse uma regra de vida para eles. Entre outras indicações, Alberto propôs que construíssem um oratório onde se reuniriam para a celebração da eucaristia. Eles construíram o oratório e o dedicaram a Maria. Assim, suas vidas se ligaram de modo particular e especial à Santa Mãe de Deus. A partir de então, as pessoas passaram a chamá-los de “Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo”. Título que, mais tarde, foi oficializado pela Igreja. Em 1246, foi nomeado como superior geral da Ordem Carmelita, um santo homem, grande devoto de Nossa Senhora: São Simão Stock. A situação da ordem causou-lhe grande preocupação, a instabilidade política da região, a incompreensão de alguns setores da própria igreja, a guerra com o Islã; tudo isso interferia de modo dramático na historia da ordem. No meio de todo esse emaranhado, Simão Stock sente-se impelido a recorrer à Virgem Maria, e, em oração contrita, pede sinal a Nossa Senhora, um sinal de proteção para a sua ordem. E, assim, a Virgem ouviu as suas suplicas e lhe apareceu no dia 16 de julho de 1251, e apresentou-lhe um pequeno habito de lã e dirigiu-lhe estas notáveis palavras:

“Caríssimo filho, recebei o escapulário de vossa ordem, sinal da confraternidade, privilégio para vós e igualmente para todos os irmãos do Carmo. Todo aquele que morrer revestido deste santo escapulário, não arderá nas chamas do inferno. Este hábito é um sinal de salvação, uma segurança de paz e aliança eterna”.
Publicado este privilégio milagroso, a ordem do Carmo cresceu em merecimento e santidade: e não só dentro dos conventos, mas também fora deles, muitas pessoas recebiam o santo escapulário. Pessoas de todas as classes sociais eram revestidas com o poderoso distintivo recomendado pela própria Rainha do céu. No ano de 1314, Nossa Senhora, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu especial proteção aos que trouxessem o escapulário, acrescentando que os livraria do purgatório, no primeiro sábado após sua morte.

Destacam-se entre os papas devotos do escapulário: Inocêncio IV, João XXII, Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VII, Urbano VII, Nicolau V, Sixto IV, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Alexandre VII, Pio IX, Leão XII, São Pio X, Bento XV, Pio XI, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, que com bulas apostólicas, aprovaram os seus privilégios, e cumularam de favores as confrarias do Carmo. É vontade de Nossa Senhora, Rainha do Carmelo, que ponhamos o selo do seu escapulário sobre nosso peito para demonstrar que o nosso coração lhe pertence, para guardar os tesouros que no coração se encerra. Como é bom estarmos debaixo da proteção de uma mãe tão boa! Que força ousaria arrancar-nos de seu regaço?

Privilégios do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo:
Quem morrer com o santo escapulário não padecera no fogo do inferno. A Virgem Maria os livrará do purgatório o quanto antes, ou seja, no primeiro sábado após a morte.- O escapulário é proteção em todos os perigos.- O escapulário é sinal de paz e do pacto sempre eterno de concórdia, garantido por Maria.- O escapulário é sinal de salvação.- É um meio simples e prático de honrar a Virgem Maria.- O escapulário do Carmo é garantia da preservação da fé, e da firmeza na devoção à Virgem Maria, devoção que, por sua vez, é sinal de predestinação.“Maria é tesouro de Deus. Onde está Maria aí esta o Coração de Deus” (São Bernardo). Jesus é o grande dom e sinal do amor do Pai. Ele estabeleceu a Igreja como sinal e instrumento do seu amor. Na vida cristã também existem sinais. Jesus os utilizou: o pão, o vinho, a água, para nos fazer compreender as realidades que não vemos e não tocamos. Na celebração da eucaristia e demais sacramentos (batismo, crisma, reconciliação, matrimônio, ordem, unção dos enfermos), os símbolos (água, óleo, imposição das mãos, alianças) exprimem o seu significado e introduzem-nos numa comunicação com Deus, presente através deles. Além dos sinais litúrgicos, existem na Igreja outros, ligados a um acontecimento, a uma tradição, a uma pessoa. Um desses é o escapulário do Carmo.
O escapulário é sinal:
- Aprovação pela Igreja há sete séculos;
- Representa o seguimento de Jesus e Maria;
- O escapulário não é um sinal de proteção mágica, ou amuleto;
- Também não é uma garantia automática de salvação, sem viver as exigências de uma vida cristã.
O escapulário é imposto somente uma vez por um sacerdote, através de um rito próprio. Ele benze e o impõe, dizendo:
“Recebe este santo escapulário como sinal da Santíssima Virgem Maria, Rainha do Carmelo, para que com seus méritos, o uses sempre com dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza a vida eterna”.
O escapulário do Carmo compõe-se de duas peças de pano de lã, de cor marrom, unidas entre si por dois cordões. Não façamos do santo escapulário, objeto de decoração ou adereço de moda, ele é sinal de predestinação. Nossa Esperança Oh, quantas coisas boas não nos diz esta título: Nossa Senhora do Carmo! Quantos pensamentos bons nos sugere! Na dor, na amargura, na angústia, na agonia, a Virgem do Carmo é a nossa esperança. Nas privações, nos trabalhos, na pobreza, nas doenças, a Virgem do Carmo é a nossa esperança. Nos desprezos, nas humilhações, nas calúnias, nas perseguições, ela é nossa esperança. Nas dúvidas, nos temores, nas tentações, nos perigos do corpo e da alma, enfim, em todas as necessidades, a Virgem do Carmo é a nossa esperança. Maria é também nossa esperança nas necessidades alheias, aquelas que principalmente padecem pessoas queridas, parentes ou amigos. Mas, sobretudo ela é nossa esperança nos bens celestiais; nós pedimos à Deus pela intersessão da Virgem do Carmo, o perdão de nossos pecados, a graça de nunca mais pecar, um firme e constante propósito de fazer o bem; confiando que seremos atendidos, porque ela, a Virgem do Carmo é a nossa esperança”(Santo Afonso). Confiemos nossas vidas nas mãos de Nossa Senhora, e assim, teremos a certeza de que ela não nos abandonará, embora sejamos pecadores e indignos.

Márcio Antonio Reiser, OFS.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Caridade e a Igreja


“Por ora subsistem A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE - As três, porém a maior delas é a Caridade”(1Cor 13,13).

A caridade é o nome Cristão do amor e que tem uma dimensão transcendente. Santo Agostinho foi muito além em sua definição dizendo; “Se vês caridade, vês a trindade”. Isso nos leva a entender que depois da efusão do Espirito Santo, a força que leva o Cristão a amar não é apenas, a capacidade de sua natureza, mas o próprio amor trinitário infundido pela graça do batismo.Sabemos que pela graça do batismo fomos enxertados no corpo místico de Cristo, a Igreja. O batismo sela o Cristão com um sinal espiritual e indelével de sua pertença a Cristo. É também pela graça do batismo que as virtudes da fé, da esperança e da caridade, são infundidas, por Deus, na alma dos fiéis para torna-los capazes de agir como seus filhos.
Podemos dizer que a fe é a virtude que nos dá o conhecimento certo de Deus, assim tambem a Caridade é o verdadeiro amor de Deus.A Caridade é o “Vinculo da Perfeiçao”(Cl.3,14), ela é benevolencia para com todos , indulgencia para as imperfeiçoes dos outros e perdão das ofensas; ela é manifestada e provada não somente com palavras mas tambem com açoes concretas. Santo Antonio de Padua assim definiu a virtude da caridade: “O ouro é puro e brilhante. A Caridade deve ser pura para Deus e brilhante para o proximo.”Podemos dizer que a verdedeira caridade é silenciosa, não faz alarde e nem propaganda de seus feitos, oculta-se na sombra daquele que é a origem de todo bem! São Paulo nos diz que a caridade é o fundamento das outras virtudes, e que ela anima, inspira e ordena: sem ela “Nada Sou” e “Nada me aproveita”.
Cristo nos apresenta o perfeito modelo de caridade na parábola do bom samaritano e seguindo seu exemplo, devemos ir ao encontro daqueles que perderam a esperança e ficaram esquecidos a beira do caminho, a margem de tudo e de todos.Devemos fixar, a cada dia, nosso olhar no crucificado e nele contemplar seus membros feridos e dilacerados, ouvir os gemidos de tantos irmãos sem voz e sem vez, que gritam a fome, o cárcere o leito da dor e da injustiça.É na Cruz do Senhor que encontramos a manifestação maior da caridade, e nela poderiamos colocar as palavras de São Paulo “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (1 Cor 13,12)A caridade cristã nasce do coração transpassado de Jesus que é todo amor, ela é a essência da própria Igreja.Nosso Papa Bento XVI assim descreve um aspecto da caridade em sua encíclica “Caritas Est” (Deus é amor): “Para a Igreja, a caridade não é um especie de atividade de assistência social que poderia mesmo deixar a outros, mas pertence a sua natureza, é expressão irrenunciavel da sua própria essência”.Certo dia, Dom Helder Câmara caminhando pelas ruas do Recife, passou por um cego que pedia esmolas. Sem dizer nada colocou uma cédula na bandeja... o cego gritou –“ Dom Helder, venha cá!”.(Pelo tato, havia descoberto o valor da cédula...) e disse: “complete a caridade: me dê um abraço!”“... Se não tiver caridade de nada me aproveita” (São Paulo).
Amém!
Paz e bem!
Marcio Antonio Reiser, OFS

Mensagem da Gospa a Ivan Dragicevic, em 10/07/09


Queridos filhos!

Também hoje vos convido neste tempo de graça: abri o seu coração, abri-o ao Espírito Santo. Queridos filhos, em especial esta noite vos convido a rezar pelo dom do perdão. Perdoem, queridos filhos, amem. Saibam, queridos filhos, que sua mãe reza e intercede por vocês junto ao seu Filho. Obrigada, queridos filhos, por terem aceitado minhas mensagens, e por viverem minhas mensagens.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Medjugorje, 25 de junho de 2009


Mensagem a Marija Pavlovic-Lunetti


Queridos Filhos!


Alegrem-se comigo, convertam-se com alegria e agradeçam a Deus pelo dom de minha presença entre vocês. Rezem para que, em seus corações, Deus possa ser o centro de sua vida e do seu testemunho de vida, filhinhos, de modo que cada criatura possa sentir o amor de Deus. Sejam minhas mãos estendidas para toda a criatura para que possam se aproximar mais do amor de Deus. Eu os abençoo, com a minha benção maternal.

Obrigada por terdes respondido ao meu chamado!

Nosso Querido e Amado "Santo Antonio de Pádua"

13 de Junho
“Dois foram os caminhos de Jesus Cristo, o primeiro desde o pai até Maria. Este caminho se chama caridade. O segundo, desde a Mãe até o mundo. Este caminho se chama humildade.”
(Sto. Antonio de Pádua)“Se Milagres desejais, recorrei a Santo Antonio...” Ouve-se esta prece, da boca e do coração, de seus fiéis devotos que nunca se cansam de a ele recorrer; Ele! O nosso Santo Antonio de Pádua, querido e amado!Poderiamos dizer que o Brasil, por ter sido colônia portuguesa, desde os seus primórdios aprendeu a amar e render culto ao Santo português; Antônio de Pádua e de Lisboa. Incontavéis são as paróquias, Igrejas, capelas, asilos, orfanatos, colégios, creches e também cidades que o tem como patrono. Em milhares de Igrejas, no Brasil e no mundo em todas as terças-feiras são celebradas as trezenas de Sto. Antônio com a benção dos pães, um belo gesto de amor e gratidão!Conforme uma antiga tradição, no dia 15 de agosto de 1195 nascia na majestosa Lisboa, o filho de Martinho de Bulhões e de D. Teresa de Távora.O pequeno que vinha ao mundo em berço nobre, recebe na pia batismal o nome de Fernando de Bulhões.Fernando, desde a mais tenra idade, esteve aos cuidados dos clérigos da catedral e aos 7 anos ingressou na escola episcopal da Sé de Lisboa. Aos 15 anos, o jovem Fernando ingressou no Mosteiro de São Vicente de Fora, por sentir-se inclinado a abraçar a vida religiosa, e lá decide-se receber o hábito de Cônego regular da Ordem de Santo de Agostinho.Nosso Jovem Fernando era dotado de uma inteligência invejável, gostava do recolhimento e da meditação, o que o levou a pedir transferência para o mosteiro de Coimbra.O Cônego Fernando recebeu no Mosteiro de Coimbra a visita de cinco frades peregrinos, da recém fundada Ordem de Francisco de Assis. Os frades missionarios estavam a caminho do Marrocos para lá anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, nos idos anos de 1219.Um ano após, ou seja 1220, chega ao Mosteiro de Coimbra apenas os restos mortais dos cinco frades franciscanos que foram martirizados no Marrocos, fato este que fez o jovem Fernando decidir-se por abraçar a Ordem Franciscana.Pediu licença aos superiores e ingressou na nova Ordem, tomando o nome de Frei Antônio.Frei Antônio manifestou seu desejo de ir também para as missões no Marrocos e assim com mais um frade, partiram para a evangelização dos maometanos.Tão logo chegaram ao Marrocos, Frei Antônio adoeceu de tal forma, que dia-a-dia era consumido de suas forças e assim aconselhado pelos cristãos do Marrocos, decide volta para Portugal. As grandes tempestades marítimas levaram a embarcação dos frades para ás Costas da Sicília, e lá, logo recuperou-se de sua saúde.Na Sicília ninguém conhecia Frei Antônio, seus estudos elevados, sua inteligência invejável. Frei Antônio em tudo se mostrava humilde, simples, obediente e modesto.No ano de 1221 houve em Assis o famoso Capítulo das Esteiras. Todos os frades, aproximadamente uns 3.000 (Três Mil) reuniram-se para ouvir o fundador Francisco de Assis, o pobrezinho de Assis exortava e aconselhava seus filhos com ternura e amor, Frei Antônio estava lá com os demais frades. Dali partiu para a Romanha com Frei Graciano, para um eremitério, onde no silêncio imitava, o Mestre Jesus, oculto do mundo sendo preparado por Deus.Frei Antônio passou um ano naquele retiro onde trabalhava com alegria; os trabalhos doméstivos, o cuidado com os irmãos doentes, as meditações eram o seu mundo. Porém, Frei Antônio foi convidado a fazer um sermão, e por obediência aceitou.Os confrades ficaram vivamente impressionados com a eloquência e a oratória daquele que imaginavam ser pouco inteligente, pois em momento algum Antônio revelou a seus nobres e graduados estudos eclesiasticos com os Agostinianos. Frei Antônio começou a grande missão a que fora chamado pelo Altíssimo: a de pregador e sua fama espalhou-se pela Itália. Sua pregação aliava a simplicidade de Francisco, à erudição das sagradas escrituras. Quando subia ao púlpito para pregar, transformava-se, chegou a pregar para uma platéia de 30000(trinta mil) pessoas e todas em profundo silêncio e atenção.Falava na linguagem que o povo entendia, seu poder de convicção era infalivel. Muitos milagres acontenciam durante as pregações desmascarava heresias, denunciava erros e injustiças.Em 1225 viajou para a França, para combater os hereges e foi extraordinaria a sua atuação. Frei Antônio, a pedido de Francisco de Assis, tornou-se o primeiro professor de Teologia da Ordem Franciscana, assim Frei Antônio ensinava a sagrada teologia dentro dos príncipios da pobreza e simplicidade de Francisco.Profundo conhecedor das escrituras, Antônio, segundo relatos, citava textos inteiros da Bíblia e os explicava com toda a sabedoria divina. Sua memória era prodigiosa, chegou a ser chamado pelo Santo Padre “Arca do Testamento”.Em Pádua, Frei Antônio denunciava a exploração dos juros altos que levavam tantas pessoas e casas de comércio a falência. Consta que o nosso Santo influiu, pessoalmente em uma lei de 15 de março de 1231 que dizia: “que ninguém seja detido no cárcere por dívidas presentes, passadas e futuras, desde que renuncie a seus bens.”Sempre preocupado em promover não somente a elevação do homem a Deus, Frei Antônio se dedicava as obras assistenciais sentia necessidade de prover as carências humanas e o auxílio necessário aos menos favorecidos da sociedade.O Pão-de-Santo-Antônio é ainda hoje um símbolo de sua luta. A Pia União de Santo Antônio é também o resultado de suas aspirações.Antônio possuia o dom da bilocação, milagres incontáveis aconteciam por sua intercessão, restituidor dos objetos perdidos, etc...Nosso Santo interferiu numa lei injusta que proibia o casamento entre pobres e ricos pois o amor deveria unir os jovens pelo sacramento do matrimônio.Frei Antônio pregava exaustivamente, seus jejuns e penitencias eram austeros e diarios pois para ele o evangelho e a conversão dos pecadores estava acima de todas comodidades.Na Quaresma de 1231, Frei Antônio atendeu milhares de confissões, pregou sem trégua a palavra de Deus. As conversões eram em massa, seus esforços contiuos esgotaram sua frágil saúde.No dia 13 de junho de 1231, Frei Antônio que estava em Campo San Piero, ao descer para o almoço, sentiu-se mal. Em seguida pediu para ir para Pádua; no caminho sua sáude piorou e pararam em Arcela.Suas forças se esgotaram, recorreu a Virgem Maria, recebeu a unção dos enfermos, acompanhou os frades no canto dos Salmos Penitênciais e com os olhos fixos no alto exclamou:”Vejo o Senhor!”, e ali adormeceu Nosso Santo, extasiado da graça do Senhor.Frei Antônio tinha 44 anos e morreu de hidropsia (Barriga da Água).Seu sepultamento foi uma apoteose e o seu processo de canonização o mais rápido da história da Igreja. No dia 30 de maio de 1232 menos de 1(um) ano de falecimento, Frei Antônio era elevado á honra dos altares denominando-se assim: “Santo Antônio de Pádua e Lisboa”.Como ele era?Dizem os historiadores que tinha aproxidamente 1,70 de altura. Possuia Crânio oval, rosto longo estreito, olhos encavados, mãos longas e dedos finos.No ano de 1987, quando foram examinados seus restos mortais varias conclusões chegaram os médicos e cientistas, exemplo: A estatura óssea de Santo Antônio apresenta três pequenas anomalias; o calcanhar tem deformações ósseas típicas dos grandes caminheiros; os joelhos possuem o “calo de camelo”; isto é, uma deformação óssea comum a quem fica muito tempo ajoelhado. Por fim a Órbita ocular é esponjosa, sinal de subnutrição de adulto, fruto de muitos jejuns.Que Nosso Santo nos inspire sempre um porfundo amor a Crisro e ao anúncio do evangelho.Antônio dos Milagres,Do pão-aos pobres, rogai,Pros bem-casados, olhai,Os objetos perdidos, encontrai,Pelos desempregados, clamai,Os pobres e famintos, alimentai,Os noivos e namorados, abrençoai,Pelos endividados, orai,O Santo Evangelho, ensinai,E para Jesus, nos levai!Amém,Paz e Bem!
Márcio Antonio Reiser, OFS